domingo, 15 de novembro de 2009

A situação melhorou e piorou ao mesmo tempo - 4º dia

ATENÇÃO: Leia primeiro o 3º dia

Rebeca veio de Divinópolis me ver. Chegou de tarde. Logo depois a Míriam. Me avaliou e tudo bem. :)


A noite fomos ao Odilon para o Dr. Sandro fazer um ultra-som. Ele foi muito gentil em me atender lá. Míriam quem pediu. Precisávamos ter uma noção de como estava o líquido. Se eu não conseguisse fazer o US hoje, pelo menos uma cardiotocografia precisaria fazer. Iríamos ao Sofia. Já tinha outro US agendado com Quésia para quarta-feira.

A situação melhorou e piorou ao mesmo tempo. Melhorou porque eu tinha mais líquido. O ILA deu 3,7. Mas piorou porque eu não tinha mais um bolsão de 2. Esses 3,7 estavam distribuídos em 2 quadrantes e cada um ficava entre 1,7 ou 1,9. Ela continuava pélvica. Os outros parâmetros normais como no US anterior. Perguntei pra ele o que ele achava, mas ele não quis dar nenhum parecer. Disse que o melhor era conversar com o Lucas.

Ele só me disse pra conversar com Kyara e perguntar a ela o que ela queria. Eu entendi que era como se ele estivesse me dizendo para não criar expectativas só minhas, porque talvez eu estivesse desejando algo que ela mesma não quisesse.

Na hora eu pensei: "Mas o que ela pode querer? Penso que o que ela deve mais gostar é estar aqui dentro" "Será que ela mesma já quer nascer?" "Será que está desconfortável pra ela aqui dentro sem líquido?" "Será que ela queria ficar aqui, mas já que a bolsa rompeu, agora ela prefere nascer?" "Escolher a via de nascimento já é demais, né? kkk"

Saímos da maternidade (Dri e eu) e encontramos com Rebeca do lado de fora. Ela tinha ficado esperando porque só deixaram entrar um acompanhante. Contei pra ela tudo que tinha acontecido. A minha sensação era de que tudo estava na mesma. Continuaríamos a mesma conduta.

Iríamos levar Rebeca na rodoviária, mas ela resolveu voltar lá pra casa. No caminho de volta, liguei pra Míriam e contei tudo também.

Antes de entrar no carro comecei a sentir uma coisa estranha no osso esterno, no peito. Era uma dor estranha ou uma azia, não sei.. uma falta de ar.. enfim uma sensação ruim, uma espécie de compressão no peito. Não sei definir muito bem. Parecia ar preso? Sei lá.

Chegamos em casa e conversamos um pouco os três. Rebeca fez umas massagens nos meus pés pressionando um ponto no dedo mindinho para Kyara virar. Sabíamos que a chance disso acontecer sem líquido é muito baixa. Tentamos assistir a um filme sobre partos que o Lucas tinha me emprestado sobre o método Lamaze, mas não conseguíamos parar de conversar e pensar nas opções do que poderia acontecer comigo.

Aos poucos a dor que eu sentia no peito começou a descer e se transformar numa espécie de dor de barriga, cólica, ou sei lá. Bem branda, sutil. Então resolvemos todos dormir.

Mayara foi dormir com minha mãe na casa dela.

AGORA leia o 5º dia

3 comentários:

  1. Estou agoniada só de ler!!! Imagino como voce se sentia!!!

    beijos, Renata (mae do Matheus)

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  2. Polly, estou acompanhando seu relato emocionada! Não tenho TV em casa mas estou ansiosa por ler sobre cada dia como se fosse o último capítulo da novela. Como você pediu comentários na lista já adianto que você escreve muito bem e que se fosse um livro eu com certeza leria seu relato sem parar até a descrição da vida da Kiara hoje. Já era um prazer enorme conhecê-las pelas rodas e agora está somando minha admiração imensa pela sua história de coragem e tranquilidade. Super Parabéns! Grande abraço, Inessa

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  3. Hahahaha!!

    Renata, ainda tem muita coisa pra acontecer.. nem eu acredito. rsrsrs

    Inessa, obrigada pelas palavras. A admiração é recíproca, tá?

    Meninas, obrigada pelos comentários. Dá mais impulso pra continuar escrevendo.

    Bjos.

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